25 março 2009

Sexo frágil?


Bem, no início tudo parece ligeiramente igual. Ao menos parecido.
Todos nascemos, crescemos e morremos. E esse parece ser o princípio da vida que, supostamente, todos seguimos. Até então, somos iguais. Iguaizinhos.
Brincamos de bola, jogamos queimada, pique-esconde, pega-pega. Uns gostam de escola, outros nem tanto.
De repente se é notada uma ligeira diferença entre, digamos, eu e ele, eu e ela.
Da noite pro dia eles se tornam chatas. Elas malvadas. A guerra que vai durar uma eternidade acaba de começar.
O clube do bolinha parece nojento. O da Luluzinha dá vontade de vomitar.
De cá e de lá. Essa é a regra do momento. Eles nos enchem o "saco", literalemente. Parecem não tomar banho. Elas se perfumam de mais. E usam umas coisas esquisitas penduradas nas orelhas.
Ok. Aceitamos. Somos diferentes.
O momento da raiva da diferença é quando você descobre que eles nem mesntruam. E depois de muita mágoa pelo simplfes fato de tudo parecer ser mais fácil para eles (e realmente o é), a gente acaba aceitando, dolorosamente.
Eles beijam todas e são garanhões. Não fazemos nada e levamos a culpa de tudo.
Eles não tomam banho e se acham lindos. A gente vive numa redoma de vidro e ainda assim somos inseguras.
De chato, ele passa a interessante. Quase que um mal necessário, afinal, temos que nos vingar de alguma forma.
Ele ainda acha que não precisa ser, no mínimo, educado, para nos conquistar. De fato, chega em um ponto em que ele é.
Tudo bem, depois de ter beijado metade da população mundial é o mínimo que pode fazer. Aquele jogo de olhares que arrepia, aquele toque que enlouquece. E aqui não se sabe onde um começa e o outro termina. Ainda na guerra.
Paixões à parte, parece ser algo mais forte. Se casa.
Ele trabalha e acha que já fez tudo. Ela trabalha e ainda cuida da casa.
Ele acha que é obrigação passear com as crianças no fim de semana. Ela acorda todas as noites. E cobre todos os bebês, inclusive ele.
Ele almoça. Ela faz, almoça e ainda lava a louça.
Ela cuida do banheiro. Ele esnoba.
Ela se mantém cheirosa, ele nem tanto.
dicotmoia infinita em que estamos apaixonadamente aprisionados.
No fim, todos querem passar por isso. Por esse sofrimento, por essa guerra.
e o sexo frágil é aquele que se propõe a sofrer por algo que nem sabe explicar ao certo.
Sabe o que definiria isso? Uma lágrima, um sorriso, um toque, uma palavra: AMOR.
E não é amor de carnaval.
É uma guerra infinita. Lacan bem que afirma, que no gozo há a eterna mistura da dor e do prazer. Essa guerra é a prova viva dessas sábias palavras.
Evitar sofrimento? Eu não! Tenho sofrido tanto! Deixa essa filosofia de vida se apregar em mim. Deixa eu me sentir viva, viver, sofrer, quebrar a cara e sair por aí concertando.
Nessa guerra, eu entro de corpo e alma.

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